Sentir com os olhos da alma
O que
vagueia no coração.
Sentir sem
saudades inventadas com ilusão.
Liberto-me
no silêncio.
Entretanto,
enaltece-se a respiração do vento
Que assobia
o soluçar do tempo
Tão fugaz na
vida dos que andam desatentos,
Tendo a
curta duração de um instante já passado.
Quero voltar
a voar para outro lugar
Com a luz fria
da noite
Que reflete
o azul silencioso do mar
Nas ondas da
vida.
Tu que
calmamente passas apressada,
Essa
fugacidade que transportas,
Tal como um
sopro, passa levemente.
Hoje é o
passado de amanhã
E amanhã o
futuro de um passado que também já passou.
Anjo da Guarda. Escola da Sé
Fotografia: Professora Margarida Gama, Escola da Sé