quarta-feira, 29 de junho de 2016

Brincar com as Sardinhas

       Os alunos do 3.º ciclo da Escola Básica de São Miguel participaram no Simpósio Internacional de Arte Contemporânea, na cidade da Guarda, com uma composição plástica que tem como elemento central uma canastra de onde caem sardinhas, interpretadas expressivamente com a utilização de múltiplos materiais, técnicas e linguagens.

      A instalação encontra-se exposta no Paço da Cultura, podendo ser objeto de fruição para todos os que a queiram apreciar.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Relembrando a 1ª Guerra Mundial


 França, 09 de Abril de 1918
  Minha doce Maria,

 Antes de mais, queria saber se está tudo bem contigo e com o nosso filhinho António. Desculpa não ter dado notícias mais cedo, mas como tu deves imaginar, isto aqui está um caos. Mas não te preocupes, que eu estou bem.
Este mês que passei longe de casa foi muito difícil, primeiro por causa das saudades que tenho de vós. Depois porque estes últimos dias têm sido um verdadeiro inferno, muitos dos meus colegas perderam a vida e o meu melhor amigo e companheiro de guerra vai ter que ser amputado.
Para a semana vamos ser transferidos para um local chamado La Lys. Dizem que está lá um grande exército alemão e os aliados precisam da nossa ajuda. Prevejo tempos muito complicados!
Não imaginas o quão difícil é a vida nas trincheiras. Está tudo lamacento, há pouca comida e a que há mal chega para todos e está muito desidratada. Também há piolhos, pulgas e ratos que são muito piores que os inimigos, pois trazem muitas doenças e quando estamos a combater só temos vontade de nos coçar.
O inimigo tem atacado com armas novas. Uma delas, é um gás tão forte, que a maioria cai logo ao chão e até o próprio inimigo tem de usar uma máscara. A outra é a metralhadora, que dispara milhares de balas por minuto e por isso a trincheira fica cheia de homens mortos aos nossos pés.
Como se não bastasse isto tudo, o frio é tanto que neva há já vários dias. Apanhei uma terrível constipação e não paro de tossir. As noites são tremendas, não consigo dormir por causa dos disparos, passo a maior parte do tempo sobressaltado. Os minutos parecem dias!
Pensar em ti e no António, é o que me tem dado forças para continuar a lutar! Peço-te que rezes por mim. Eu também tenho pedido a Deus que a guerra acabe o quanto antes, mas parece-me que o fim não está próximo.
Prometo que volto são e salvo para vos abraçar. Não me esqueço que o nosso querido filho faz 3 anos daqui por duas semanas. Por favor dá-lhe os meus parabéns, porque eu sei que não vou poder estar presente. Fala-lhe de mim que é para ele não se esquecer que o adoro.
 Do teu amado Rafael

       9ºA Rafael Fernandes nº 17