Recensão crítica do espetáculo
A peça Auto da Barca do Inferno
foi escrita por Gil Vicente, a pedido da rainha Dona Leanor, no século XVI,
para ser representada perante o rei D.Manuel I, com a intenção de criticar a
sociedade, os comportamentos e os costumes da época.
Após
o estudo da obra nas aulas de Português, tivemos a oportunidade de assistir a
uma encenação desta peça, apresentada pelo grupo Contrapalco. No geral, a representação teve prós e contras, visto que houve uma grande interação com
o público através de, principalmente, do cómico de situação tornando a peça
divertida e menos aborrecida, tendo em conta o público presente. Porém, a nosso
ver, o exagero do cómico levou à
dispersão da intenção crítica de Gil Vicente.
Algo
que nos pareceu digno de observação foi o cenário e os elementos inovadores
introduzidos pelo encenador. O cenário era simples, mas percetível a partir da simbologia das cores (Paraíso-azul, Inferno -vermelho). O grupo introduziu também
elementos inovadores em relação ao texto dramático, usando termos da atualidade para provocar assim gargalhadas dos
espetadores ( chocapic, love on top, entre outros).
Concluindo,
nós gostámos da peça, contudo, como
comprovámos, aconselhamos a ter algum conhecimento da obra antes de assistir à
sua representação, para assim se
entender melhor a finalidade de Gil Vicente.
Guilherme Amaral N.º 13 9.º A CBA Rita Torres Nº19 9.ºA CBA