Gil
Vicente escreveu a peça “Auto da Barca do Inferno” no século XVI, com intenção
moralizadora, para ser representada perante o rei. A obra foi escrita a pedido
de D.ª Leonor e posteriormente oferecida a D. Manuel. A companhia ContraPalco apresentou
recentemente um espetáculo ao qual assistimos.
Na nossa opinião, esta adaptação foi
bastante bem conseguida. Existiram algumas alterações ao nível das personagens
e também a nível da ordem de apresentação das mesmas.
Apesar da simplicidade, o cenário estava
bastante explícito devido à simbologia das cores: o vermelho representava o
inferno e o azul o céu.O elemento mais inovador foi a interação com o público,
pois não estava presente na obra e animou bastante a apresentação.
Embora a obra já contivesse elementos do
cómico, o grupo ContraPalco reforçou
e evidenciou o cómico de situação. Destacamos as cenas do Parvo, da Brízida Vaz
e do Frade. Para além disso, a presença do cómico ajudou a que o espetáculo não
se tornasse pesado e que conseguisse captar o nosso interesse.
Concluímos que esta redação, salientando que
passámos um momento agradável e relativamente aos recursos do grupo esta
apresentação foi bastante conseguida.
(imagem cedida por http://www.literature-se.com)