sexta-feira, 23 de março de 2018

Alunos do Agrupamento no Projeto “Tu Na Europa”

Foi um encontro inesperado, que teve lugar na passada terça feira, dia 20 de fevereiro, para o qual alunos de todas as escolas, do ensino secundário e profissional da cidade, convergiram até à BMEL, bem como as “questões de gente crescida” que foram debatidas por nós, os jovens europeus. 

Todo o dia foi reservado à Europa. De manhã, foi apresentado o projeto “Tu Na Europa”, no qual começámos a participar naquele instante, com perguntas, que pareciam aleatórias, espalhadas nas paredes da sala, onde cada um, individualmente, dava opinião, concordava e discordava, com a ajuda de um marcador que permitia riscar e acrescentar, mas que, no fundo, eram perguntas oportunas e com uma importância extremamente relevante. 
Todas as questões, que hoje dão que pensar e provocam dor de cabeça quando se pensa numa possível solução, estavam lá. Era esse o nosso desafio, que de individual passou a ser de grupo, de quatro, formados de forma totalmente aleatória, com jovens mais jovens e menos jovens, entre os treze a vinte e seis anos, de etnias diferentes e sexo também. Aqui a ideia era incluir e “espremer” as nossas diferenças evidentes, para que resultasse um sumo fabuloso, um trabalho fantástico. E resultou, surgiu. Entre conversas, criticas, elogios e debates organizados, trocaram-se ideias e criaram-se outras: esquiços de projetos para o futuro; folhas, umas rasgadas e outras cheias de letras com sentido. Isto já depois do almoço na Câmara Municipal da Guarda. E depois, ao final da tarde, as escritas passaram à oralidade, ao debate entre todos e não mais em grupos fechados.
A presença notável do Vice Presidente da autarquia, que se dispôs a entrar nesta brincadeira séria connosco, foi essencial para clarificar ideias e para obter mais informação. Cada jovem sentiu-se crescido, com mais poder para trabalhar, e vontade também.
O dia acabou com a entrega das nossas ideias em papel, desde os direitos da mulher à educação, passando pela economia e globalização.
Foi um trabalho proveitoso, um projeto com sentido, que nos confere a nós, jovens, mais capacidades, além do recurso à memorização dos conteúdos para o teste da próxima semana, que, ao passar, voam e não ficam. Assim, essas capacidades duram e vão mostrar-se úteis agora e depois, ao contrário dos exaustivos livros e exercícios teóricos que não passam à prática, aqueles que temos na escola e nos fazem andar com o olhar embebido na secretária e não para a frente, andar a pensar no passado e não a planear o futuro.
Esta foi uma das questões por mim abordadas.
Diogo Brites, 12º Ano

Fotos CMG.