domingo, 23 de maio de 2021

A freira que mudou de vida

 Era uma vez uma freira que estava farta do convento onde vivia. Naquele convento, todas as irmãs gozavam com ela por causa do seu grande nariz.

Até que um dia ela enervou-se e ligou para a Central de “Notre Dame” em Paris e disse:

-Eu quero sair deste convento! Não aguento mais!

O chefe da Central respondeu:

-Está bem. No armazém existe uma cadeira mágica que a poderá trazer até aqui.

Quando chegou a noite e que todas as irmãs estavam a dormir, ela dirigiu-se ao armazém e, depois de procurar muito bem, encontrou a cadeira mágica. Ligou para a Central e disse:

-Já tenho a cadeira, quando posso partir?

E da Central responderam:

-Amanhã de manhã bem cedinho. Sente-se na cadeira que ela faz o resto. Venha até aqui: terá dois padres à sua espera.

Passou a noite e, de manhãzinha, antes das outras freiras acordarem, sentou-se na cadeira e “fez-se à estrada”. Voou por cima de vales, planícies, montanhas e rios até que chegou a Paris.

Entrou a voar na catedral e lá estavam os dois padres à sua espera.

- Boa tarde, meus amigos! Obrigada por me receberem!

E um dos padres respondeu:

De nada! Venha daí! Agora vai conhecer o seu novo lar.

Foi então levada para outro convento e ficou apaixonada por aquele lugar,

-Ah! Ah! Ah! Que lugar maravilhoso! – disse ao chegar.

Mas o que ela ainda não sabia era que não tinha sido a única a ter viajado numa cadeira. As freiras deste convento tinham todas vindo numa cadeira mágica. Ela, a da quinta cadeira, tinha terminado a sua viagem em França.

-Pelo menos aqui são todas simpáticas e vai ser melhor para o meu trabalho espiritual.

Daí para a frente as cinco freiras ficaram muito felizes juntas. Um dia a freira ligou para a Central e disse:

-Muito, muito obrigada! Este lugar é encantador e as irmãs são todas muito amáveis!

Respondeu-lhe um dos responsáveis:

-Só fiz o que devia. És das mais boas freiras que conheço!

Passaram anos e anos até que a freira da quinta cadeira morreu. A partir daí as outras quatro ficaram muito tristes e nunca a esqueceram.

 

Pedro Santos, nº 19, 5º C, Escola da Sé

(Oficina Recreativa)