sábado, 17 de abril de 2021

Angústia pandémica

Ó Liberdade,

Antes eras tão insignificante

Acredita: hoje, sei valorizar-te.

Quero deveras usufruir-te

Para eliminar o tumulto que há em mim.

 

Ó Medo,

Apenas me lembrava de ti

Quando via bichos muito esquisitos,

Agora andas de braço dado comigo,

Não escolhes pessoa ou amigo.

 

Ó Convívio,

Eras para muitos e para mim

A coisa mais importante,

Agora, não te posso ter nem por um instante.

Coabito com o Medo e o Isolamento.

 

Ó Vida,

Que é feito de ti?

Proibiste-me de ter tudo e tudo ter.

Resta-me cuidar da esperança

Para também não a perder.

 

Anjo da Guarda, Escola da Sé


Imagem, Psicolinews