Com
um úbere a transbordar
De
nevoeiros, ventos, chuvas, neves
Para
espalhar o caos, desumanidade.
A
natureza para não enfrentar
Tanto
furor e tanto desamor
Refugia-se,
esconde-se, hiberna
Como
réptil sem temperatura amena.
Aparece
depois a passo de tartaruga
Com
a chegada da PrimaVera,
Airosa
com os seus vestidos alegres,
Com
as suas mãos altruístas
Que
semeia sol e sorrisos sinceros.
O
Inverno invejoso da felicidade da PrimaVera
Ainda
tenta destroná-la com um golpe de leão,
Mas
falta-lhe, já, garra para a luta,
Pois
despejou durante horas a sua insatisfação
E
desiste como cobarde do seu combate.
E
nós?
Nós
festejamos, com um sorriso, a derrota
E
recebemos com alegria a chegada da PrimaVera.
Professora Emília Barbeira, Escola da Sé