Texto de opinião sobre a “COVID 19”
Devido à grave pandemia que ultimamente nos tem chamado à
atenção, tenho, assim como todos os outros, que ficar em casa! Apenas podemos
sair para o estritamente necessário, como ir ao supermercado (de preferência
uma vez por semana), à farmácia e como é óbvio, quem está na linha da frente
contra este inimigo invisível (profissionais de saúde, da segurança
pública...).
Relativamente à adaptação, não tive grandes
dificuldades... aliás, gosto bastante de estar em casa. Sou um sortudo por ter
um terraço atrás da minha casa, é lá que pratico desporto. Ainda tenho um
quintal (com uma paisagem verdejante) onde posso esquecer um pouco as tarefas
escolares. Porém, dia após dia, começo a dar,cada vez mais,por falta das
brincadeiras com os meus amigos e primos, da sala de aula (porque não há
nenhuma aplicação ou plataforma que a substitua), das idas à casa da minha avó
materna e até de acordar mais cedo...
Para além de ficar em casa, existem mais medidas de
segurança que têm de ser aplicadas.Assim, elaborei uma lista de regras para a
minha casa que contêm: evitar ao máximo dar beijos e abraços; lavar pelo menos
dez vezes as mãos por dia; à mesa, comer o mais afastado possível; limpar as
maçanetas das portas usadas por mim e pelos meus pais... isto tudo porque eles trabalham
no hospital.
Sinto bastantes saudades de todos aqueles que fazem parte
do meu dia a dia como os meus amigos e colegas, familiares e professores, etc.
Falo com alguns deles por videochamada (ainda bem que criaram estas tecnologias)
... Às vezes chego mesmo a comunicar pela janela com os vizinhos!
Por um lado, sinto alegria pois posso estar mais tempo
com os meus pais (quando não estão no trabalho). Por outro lado, as lágrimas
ficam-me no canto do olho porque nem posso realizar uma caminhada, ir ao Polis
correr, andar de bicicleta, jogar à bola ou comer um gelado (quando o tempo
permitisse), passar a usar aparelho dentário, ir a Madrid, participar outra vez
na fase intermunicipal do Plano Nacional de Leitura, nas corridas do 25 de
abril e do 1º de maio.Talvez, até as férias de praia estão arruinadas...
A minha rotina mudou porque agora passo horas em frente ao
computador e à televisão devido à telescola ... Mas gosto mais de ver um filme
acompanhado de pipocas!
Há rituais que não se alteram como tocar saxofone, cantar
e claro, ler.
No fim disto tudo, o importante é continuarmos com saúde.
Deixo aqui um pequeno poema, porque “a esperança é a última a morrer”.
Olá professora,
Olá professora,
cante
esta canção,
fique
em casa
e
lave as mãos.
Vamos
resistir,
desta
vez separados,
vamos
vencer o vírus,
partindo-o
aos bocados.
Adeus,
até
um dia,
passe
bem o tempo,
leia
e ria!
(Orientação Escolar)