No mês de outubro de 2019, decorreu a Semana Europeia de Programação, uma iniciativa que, de acordo com o referido no site da ERTE, DGE, “esteve presente em mais de 80 países em todo o mundo, totalizando mais de 72 000 atividades, envolvendo 4,2 milhões de participantes.
No caso de Portugal, 91% das atividades decorreram nas escolas, com um número médio de 90 participantes/escola, num total de aproximadamente 60.000 crianças e estudantes envolvidos.” O Agrupamento de Escolas da Sé também marcou presença neste evento. Em jeito de curiosidade e de experimentação, a turma do Jardim de Infância do Centro Escolar do Vale do Mondego e a turma de Inglês da Escola Básica da Póvoa do Mileu participaram em atividades propostas pela professora Sandra Santos. Enquanto as crianças do Mondego desenvolveram atividades de leitura, os alunos da Póvoa do Mileu utilizaram envolveram-se em atividades de aprendizagem da Língua Inglesa. Em ambos os casos, utilizou-se o robô BeeBot e conceitos básicos de pensamento computacional, programação, estratégia.
Já familiarizados com o simpático robô amarelo, os dois grupos utilizaram diferentes estratégias para cumprir os objetivos propostos. Partindo da exploração da história A lagartinha muito comilona, de Eric Carle, as crianças do Jardim de Infância tinham de rever a narrativa e encontrar os diferentes alimentos comidos pela lagartinha. Aprenderam rápido quais as setas a usar para movimentar o bicharoco”, aguardando com expectativa o resultado.
Os alunos de 3.º e 4.º Ano tiveram como base a edição inglesa do referido livro, The very hungry caterpillar, tendo como objetivo encontrar os mesmos alimentos. A diferença foi o idioma utilizado. Para ganharem pontos, cada grupo precisava de dizer, em Inglês, e corretamente, os nomes dos frutos ou dos outros alimentos.
A diversão foi muita, as palavras iam sendo ouvidas uma e outra vez e a aprendizagem fez-se de forma subtil. O tempo passou a correr e, se não fosse o bicharoco começar a acusar “falta de alimento”, apesar de tudo o que comeu, acreditamos que estaríamos, ainda hoje, a pressionar os botões que comandam o BeeBot.
À semelhança do que acontece com todas as estratégias próximas dos alunos, apelativas e centradas no desenvolvimento de competências várias, estou certa do sucesso, e do valor, da participação na Semana Europeia de Programação.
Para além de tudo, de todas as aprendizagens e de todas as competências desenvolvidas, ficou a sensação, para crianças e adultos, de que pertencemos a um mundo “grande”, como disse um dos pequenos programadores; um mundo global; um mundo onde os nossos alunos irão seguramente, ser cidadãos de plenos direitos e deveres.
Eles sabem que fizeram parte de um grupo de meninos e meninas de muitos países que se juntaram em torno de múltiplas ferramentas “fixes”. Nós sabemos que o caminho tem de ser multidisciplinar. E feito com confiança. Com as “mãos na massa” e com o “cérebro a pensar”. Eles ficam felizes. Nós também. E já estamos a pensar na Semana Europeia de Programação 2020!
Deixo um agradecimento público, e especial, ao mestre e amigo Carlos Alberto Silva, professor bibliotecário, que partilha as suas ideias e materiais de forma altruísta, sendo estes replicados nos mais variados contextos. É com alegria que utilizamos com as nossas crianças o que aprendemos nas sessões de formação em que Carlos Alberto Silva é formador.
Para saberem mais sobre as atividades desenvolvidas, podem consultar o blogue oficial da CodeWeek: https://blog.codeweek.eu/
Sandra Santos
Professora de Inglês e Professora Bibliotecária
