Fotos: Professora Margarida Gama
Um
poema, um abraço ao rei povoador
Um
poema, um abraço majestoso ao Rei Povoador
Pelas
mensagens que dá aos que estão em seu
redor.
Graúdos
e miúdos, ouçam o vosso Rei Povoador.
Bem
sei que é NATAL e todos querem ver luz e cor.
Afinal,
a aldeia ou a cidade tem de expressar esplendor!
E
eu confesso que entendo o vosso entusiasmo e fervor.
Afinal,
quem não gosta de telas iluminadas com amor?!
Mas
o nosso planeta mostra, diariamente, a sua dor,
Revelando
que o homem se transformou num agressor
E
tudo rouba à árvore, ao condor ou à
pequena flor
Com
as suas violentas ações de desumano predador!
Assim, está na hora de combater tanto desamor
A
fim de restituir à fauna e à flora o seu grande valor.
Graúdos e miúdos, escutem o vosso Rei
Povoador.
Bem sei que é NATAL
e todos querem ver luz e cor
E
nas ruas e praças expor o Menino Jesus salvador
Que
ofereça rasgados sorrisos e fervoroso amor
Para
esconder o lixo festivo que se mostra opressor.
Por
isso, o exausto planeta grita com imenso clamor:
-
Neste NATAL não cortem verdes pinheiros, por favor!
Plantem,
sim, árvores e arbustos no quintal ou em redor.
Nas
casas, no cantinho da sala de estar, é possível pôr
Um
verde pinheiro artificial que também seja inspirador
Para os membros do lar ou forasteiro observador.
Graúdos
e miúdos, deem atenção ao vosso Rei Povoador.
Bem
sei que é NATAL e todos querem ver luz e cor
No
presépio com as suas ovelhas e o dedicado pastor!
Mas
o planeta exige contenção nos gastos sem pudor,
Solicita
esforço e arte na construção de um mundo melhor,
Pede
urgência máxima na reabilitação de um bem maior,
Que
é a natureza que nos abraça com um beijo protetor.
Já
se percebeu que o céu não verte lágrimas com fervor
E
a terra, todos os dias, geme, grita com o excesso de calor,
Pedindo,
desesperadamente, a chegada de um Deus salvador
Que
mostre ao homem a sua pequenez de bicho dominador.
Graúdos
e miúdos, acompanhem o vosso Rei Povoador.
Bem
sei que é NATAL e todos querem ver luz e
cor,
No
país onde cresceram com incomensurável AMOR,
Mas
cada português tem de assumir o papel de mentor
Na
proteção da floresta que só sabe a sua
beleza expor.