segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Um poema, um abraço ao rei povoador

 




Fotos: Professora Margarida Gama


Um poema, um abraço ao rei povoador 

Um poema, um abraço majestoso ao Rei Povoador

Pelas mensagens que dá aos que estão em seu redor.

 

Graúdos e miúdos, ouçam o vosso Rei Povoador.

Bem sei que é NATAL e todos querem ver luz e cor.

Afinal, a aldeia ou a cidade tem de expressar esplendor!

E eu confesso que entendo o vosso entusiasmo e fervor.

Afinal, quem não gosta de telas iluminadas com amor?!

Mas o nosso planeta mostra, diariamente, a sua dor,

Revelando que o homem se transformou num agressor

E tudo rouba à árvore, ao condor ou à pequena flor

Com as suas violentas ações de desumano predador!  

Assim, está na hora de combater tanto desamor

A fim de restituir à fauna e à flora o seu grande valor.

 

Graúdos e miúdos, escutem o vosso Rei Povoador.

Bem sei que é NATAL e todos querem ver luz e cor

E nas ruas e praças expor o Menino Jesus salvador

Que ofereça rasgados sorrisos e fervoroso amor

Para esconder o lixo festivo que se mostra opressor.

Por isso, o exausto planeta grita com imenso clamor:

- Neste NATAL não cortem verdes pinheiros, por favor!

Plantem, sim, árvores e arbustos no quintal ou em redor.

Nas casas, no cantinho da sala de estar, é possível pôr

Um verde pinheiro artificial que também seja inspirador

Para os membros do lar ou forasteiro observador.

 

Graúdos e miúdos, deem atenção ao vosso Rei Povoador.

Bem sei que é NATAL e todos querem ver luz e cor

No presépio com as suas ovelhas e o dedicado pastor!  

Mas o planeta exige contenção nos gastos sem pudor,

Solicita esforço e arte na construção de um mundo melhor,

Pede urgência máxima na reabilitação de um bem maior,

Que é a natureza que nos abraça com um beijo protetor.

Já se percebeu que o céu não verte lágrimas com fervor

E a terra, todos os dias, geme, grita com o excesso de calor,

Pedindo, desesperadamente, a chegada de um Deus salvador

Que mostre ao homem a sua pequenez de bicho dominador.

 

Graúdos e miúdos, acompanhem o vosso Rei Povoador.

Bem sei que é NATAL e todos querem ver luz e cor,

No país onde cresceram com incomensurável AMOR,

Mas cada português tem de assumir o papel de mentor

Na proteção da floresta que só sabe a sua beleza expor.

 Professora Emília Barbeira, Escola da Sé