Um poema, um abraço ao AMOROSO OUTONO
Que, de mansinho, conquista o seu trono
Para dizer a todos que é senhor e dono
Da natureza sempre em transformação.
Tarefa exigida pela força de cada estação!
A Natureza perde os vestidos verdes e garridos
Que a primavera e o cálido verão tinham tecido.
Surgem, então, castanhos, vermelhos e amarelos
E aqui e além nascem apetitosos cogumelos!
As castanhas abandonam ouriços sorridentes,
Deixando os que as comem felizes e contentes!
Homens e mulheres procuram casacos e gorros
E, por vezes, gritam, sonoramente, por socorro,
Pois o outono roubou-lhes o calor do verão
Para oferecer frio e chuva ou até um duro nevão,
Quando o inverno se instala com a força de leão!
Um poema, um abraço ao outono revelador
De paisagens sofridas, mas com diversas cores
Onde, também, não faltam os diversos odores
Da terra apesar das escassas e friorentas flores.
Professora Emília Barbeira, Escola Sé
Foto: Professora Margarida Gama, Escola da Sé