Joana d'Arc nasceu a 21 de fevereiro,
cognominada "A Donzela de Orléans")
e também conhecida como Joana d'Arc, a ruiva é uma heroína francesa e santa da Igreja Católica. É a santa padroeira da França e foi uma chefe militar da Guerra dos Cem Anos, durante a qual tomou partido
pelos armagnacs,
na longa luta contra os borguinhões e seus aliados ingleses. Foi executada na fogueira, em um auto de fé pelos borguinhões em 30 de maio de 1431. Camponesa,
modesta e analfabeta, foi uma mártir francesa e também heroína de seu povo,
reabilitada 25 anos após sua morte, em 1456, pelo Papa Calisto III, por considerar seu processo inválido, e canonizada em 1920, pelo
papa Bento XV.
Segundo a
escritora Irène Kuhn, Joana d'Arc
foi esquecida pela história até o século XIX, conhecido como o século do nacionalismo “foi apenas no século XIX que a França redescobriu
esta personagem trágica”.
Depois
da Revolução Francesa, o partido monárquico reavivou a lembrança
da boa lorena, que jamais desistiu do seu rei. Joana foi recuperada pelos
profetas da "França eterna”. Em 1870, quando a
França foi derrotada pela Alemanha, evento que leva à ocupação da Alsácia e da Lorena pelas tropas alemãs,
"Jeanne, a pequena pastora de Domrémy, um pouco ingénua", tornou-se a
heroína do sentimento patriótico francês. Republicanos e nacionalistas
exaltaram aquela que deu a sua vida pela pátria.
A Igreja Católica francesa propôs ao Papa Pio X a sua beatificação, que se realizou em 1909, num
período dominado pela exaltação do nacionalismo e pelo repúdio ao não nacional.
Com a Primeira Guerra Mundial,
Joana deixa de ser uma heroína exclusiva da direita. Segundo Irène Kuhn,
a partir desse período os "postais
patrióticos" mostram Jeanne à cabeça dos exércitos e monumentos seus
aparecem como cogumelos por toda a França. O Parlamento francês estabelece uma festa nacional
em sua honra no segundo domingo de maio.
Em 9 de maio
de 1920, cerca de 500 anos depois de sua morte, Joana d'Arc
foi canonizada pelo Papa Bento XV, como Santa Joana d'Arc. A canonização
traduzia o desejo da Santa Sé de estabelecer laços com a França republicana, laica
e nacionalista.