segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Um pouco de História


D. Leonor de Lencastre morreu em 17 de novembro de 1525.

A princesa que veio de Inglaterra conquistou os portugueses. O casamento com o mestre de Avis representou uma nova dinastia na história de Portugal. D. Filipa deu ao reino filhos notáveis, trouxe novos hábitos para a corte e apoiou a expedição a Ceuta. Depois de se fazer proclamar rei em cortes convocadas para Coimbra, D. João I precisava de ser reconhecido na Europa como o novo monarca português. O primeiro a fazê-lo de forma oficial foi o Papa de Roma, quando aprovou o matrimónio com a filha de João de Gante, neta do Rei Eduardo III de Inglaterra. O enlace servia assim para legitimar o reinado ainda frágil do mestre de Avis e para fortalecer os laços diplomáticos entre os dois países. A aliança gerou uma dinastia que se destacou na história de Portugal.

Filipa de Lencastre tinha 27 anos quando chegou a Lisboa para casar com o soberano português. Ninguém conhecia a princesa que vinha de Inglaterra, mas o povo recebeu-a calorosamente e aprovou o casamento que se realizou a 2 de fevereiro de 1387, acontecimento festejado por todo o reino durante quinze dias. Acabara a crise da independência, morrera Leonor Teles, a rainha de má memória. Era tempo de celebrar e de acreditar nos novos tempos que o casal real prometia.

Chegada à corte portuguesa, D. Filipa não desiludiu. Com uma conduta moral irrepreensível, assegurou uma dinastia, estando quinze anos em sucessivos trabalhos de parto e mãe de ilustres filhos, que Luís de Camões designou como Ínclita Geração em “Os Lusíadas.

Foto: Plataforma de Cidadania Monárquica